domingo, 26 de maio de 2013

O dia de África.

O dia 25 de Maio é o nosso dia de celebrar a mãe/pai Alkebulan (hoje África), com honras e todo o esplendor de sua realeza, elevando-a efetivamente ao patamar de mãe/berço de todos, e parar de só usufruir dela e do seu povo, como a escravatura e os resultados da Conferência de Berlim nos ensinaram e acostumaram, esgotando-os sem retribuir ou retribuir de forma insuficiente e inadequada.

O 25 de Maio é um dia, no mínimo, para honrar Alkebulan e retribui-la o amor, o respeito, o conhecimento e as riquezas, indemnizando-a de todos os males até agora infligidos ao continente e ao povo africano, as suas crianças, idosos, homens e mulheres.
É tempo de retribuir à nossa querida África o amor que dela ainda emerge naturalmente, a sua beleza e honra.
O dia 25 de Maio, é uma oportunidade de retorno às nossas raízes africanas.
É o tempo de REAFRICANIZAR OS ESPÍRITOS.
Um dia para o conhecimento do nosso ser elevado, tempo de afirmação, troca e libertação da nossa linda africanidade, sem preconceitos. Basta de males.
É tempo de união e UNIDADE AFRICANA.
Hetepu.

Ababa Abena.

domingo, 31 de março de 2013

O legado de Amílcar Cabral na perspetiva contemporânea

O passado dia 20 de Janeiro foi marcado por um Fórum sobre Amílcar Cabral, realizado na Assembleia Nacional (Cabo Verde) pela Fundação Amílcar Cabral - que tem como missão estatutária preservar a obra e a memória de Amílcar Cabral promovendo o enriquecimento e aprofundamento do seu legado -, 40 anos após a sua morte, com um vasto programa de atividades.

Este Fórum tem por objetivo dar seguimento à divulgação e promoção da obra e do pensamento de Amílcar Cabral na perspectiva contemporânea; mobilizar a comunidade científica nacional e internacional a realizar pesquisas sobre a obra de Amílcar Cabral e incentivar o gosto pelo debate e pela partilha de conhecimentos; pôr em contato académicos nacionais e estrangeiros que tenham vindo a desenvolver trabalhos sobre temas ligados ao legado de Amílcar Cabral; analisar e debater questões da atualidade caboverdiana, africana e mundial; contribuir para a formação e informação da nova geração caboverdiana. Grifo Nosso.

O primeiro programa de atividades foi realizado no dia 18 de Janeiro de 2013 e teve duração de três dias, o segundo será em 12 de Setembro de 2013 na ocasião do 90º aniversário de Amílcar Cabral. Embora aberto a todos que se interessam por Amílcar Cabral, apenas alguns estudantes, investigadores, antigos combatentes e uma pequena parcela da sociedade caboverdiana usufruíram desta oportunidade positiva de participar em Sessões Plenárias, Grupos de Trabalho e Mesas Rendodas com debates de temas sobre "A Educação para a emancipação: uma perspetiva cabralista”, “O pensamento de Amílcar Cabral na perspetiva contemporânea”, “Cabo Verde: os caminhos do futuro, desafios e perspetivas” e “Questões do mundo global: integração e interdependências” .

As apresentações mostraram Amílcar Cabral como “promotor da idéia pan-africana” e fizeram uma releitura do pensamento de Amílcar Cabral na perspetiva da contemporaneidade face aos desafios da construção do Estado em África, demonstraram o papel importante das mulheres caboverdianas e guineenses na luta pela libertação de Cabo Verde e Guiné Bissau e a necessidade de dar continuidade essa valorização da Mulher, como defendeu Amílcar Cabral. Infelizmente não conseguimos assistir a comunicação sobre a recém-criada Cátedra Amílcar Cabral na Universidade de Cabo Verde porque diversas atividades decorriam ao mesmo tempo.

O debate intergeracional começou com a seguinte pergunta: Será que os jovens caboverdianos sabem de Amílcar Cabral?

Para alguns jovens, a juventude caboverdiana é alienada e não sabe quem é Amílcar Cabral. Estes exigiram maior e melhor participação dos jovens questionando o contributo do fórum para o melhoramento da vida do povo caboverdiano. Para outros jovens, não conhecem Amílcar Cabral, sobretudo, porque para levar o pensamento de Amílcar Cabral aos bairros é preciso primeiro que o orçamento estatal também chegue lá.

Enquanto os anciãos, investigadores caboverdianos, antigos dirigentes políticos e combatentes da pátria, ainda acreditam que os jovens caboverdianos conhecem Amílcar Cabral. Mas, defendem que precisam saber mais sobre os seus heróis nacionais e de ser eles mesmos heróis, lutando pelo próprio espaço político (politricks). Também, advertiram que as escolas caboverdianas não ensinam os seus jovens a pensar criticamente de forma a acumular os acontecimentos evidenciando a necessidade da reforma do curriculum escolar de Cabo Verde.

No final do debate intergeracional, um jovem estudante, investigador, cantor, poeta e desportista, manifestou que acredita profundamente na era de África e perguntou novamente aos anciãos o que pensavam fazer e os jovens deverão fazer. Por sua vez, um combatente só lhe respondeu que eles fizeram o que podiam, não foram mobilizados, estavam todos à procura de algo para engajar e lutar por Cabo Verde. Porém, uma jovem lhe sugeriu que apenas através da Cultura e Educação continuaremos o legado de Amílcar Cabral.
Infelizmente, relativamente à questão de identidade ou reafricanização dos espíritos proposta por Amílcar Cabral, alguém defendeu, numa perspetiva contemporânea, que os caboverdianos devem caboverdianizar os espíritos. E que o retorno às fontes não era necessário porque nunca foram abandonadas, embora influenciadas pelas metrópoles.

A luta continua.

Abenaa Ababa.

sábado, 23 de março de 2013

Piratas ou Guarda-costas Voluntários de Somália



A propósito, Cabo Verde renovou por um período de cinco anos o Acordo de Parceria no Setor das Pescas com a União Europeia (UE), nos termos do qual receberá anualmente um "apoio financeiro" de 435 mil euros.