quarta-feira, 27 de maio de 2009

Personalidades Históricas

Compilado e editado por Phillip True, Jr.
Akhenaton (1375-1358 B.C.)

Amenhotep IV, mais conhecido como "Akhenaton, o "Rei Herético, com o devido respeito, o mais notável dos Faraós.

Depois da morte do seu pai, ele tornou se o num líder com todo o poder absoluto sobre o Egipto e tomou o nome de Akhenaton. Ele produziu um profundo efeito no Egipto e o mundo inteiro nos dias dele.

Trezentos anos antes de Cristo, ele pregou e viveu o evangelho de amor-perfeito, fraternidade, e verdade. Dois mil anos antes de Maomé, ele ensinou a doutrina de "Um Deus." Três mil anos antes de Darwin, ele sentiu a unidade que ligava todas as coisas vivas.

A narração de Akhenaton não ficara completa sem a história da bonita esposa dele, Nefertiti. Alguns arqueólogos referiram a Nefertiti como a irmã de Akhenaton, alguns disseram que eles eram primos. O que é conhecido é que a relação entre Akhenaton e Nefertiti foi uma das primeiras histórias de amor e o mais conhecido na história.



Com a inspiração no Akhenaton e Nefertiti, os escultores e os artistas começaram recrear a vida no seu estado natural, em vez das formas rigorosas e inanimadas no início da arte egípcia.


Traduzido por Kwabena.

ILHA

Tu vives — mãe adormecida —
nua e esquecida,
Seca,
Fustigada pelos ventos,
ao som de músicas sem música
das águas que nos prendem…

Ilha:
teus montes e teus vales
não sentiram passar os tempos
e ficaram no mundo dos teus sonhos
— os sonhos dos teus filhos —
a clamar aos ventos que passam,
e às aves que voam, livres,
as tuas ânsias!

Ilha:
colina sem fim de terra vermelha
— terra dura —
rochas escarpadas tapando os horizontes,
mas aos quatro ventos prendendo as nossas ânsias!

Um poema de Amílcar Cabral Praia, Cabo Verde, 1945

Publicado por: Kwabena

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Conceito de Divindade

Por John Henrik Clarke

Para manter as pessoas na opressão você tem que convencê-las primeiro que elas são supostos a ser oprimidos.
Quando o europeu vai a um país, a primeira coisa que ele faz é rir do seu Deus e do seu conceito de Deus. E de seguida é lhe fazer rir sobre o seu próprio conceito de Deus.

Então ele não precisa de construir nenhuma prisão para você, porque ele colocou-te numa prisão com mais armadura que as grades alguma vez te colocou. Todas as vezes que você ignora o teu próprio conceito de Deus, já não és um homem livre. Ninguém precisa de colocar corrente no teu corpo porque a corrente está na tua mente.

Todas as vezes que alguém diz que o teu Deus é feio e abandonas teu Deus e unes com o Deus deles, já não há nenhuma esperança para a tua liberdade até que voltes a acreditar no teu próprio conceito de Divindade.

E é assim que caímos numa emboscada. Fomos educados para acreditar no conceito de divindade de uma outra pessoa, e no padrão de beleza de outra pessoa. Tens direito de praticar qualquer tipo de religião e politica de uma forma digna e que satisfaz a tua liberdade, dignidade e o teu entendimento. Uma vez que estás a fazer isso, não tens que justificar.


A mente Europeia sempre planeou em fazer qualquer coisa que facilitasse o controle do Europeu por todo o mundo. Qualquer coisa que obténs da Europa e que vais usar para ti, corrigi – o para adaptar a si mesmo.

Educacionalmente onde é que fomos mal? Depois da guerra civil (nos estados unidos da américa – grifo nosso), o período chamado de reconstrução, o período de pseudo-democracia, nós começamos a ter nossas próprias instituições, nossas próprias escolas. Nós não tivemos nenhum modelo de papel para uma escola,... nosso próprio modelo de papel. Assim começamos a imitar as escolas Brancas.

Nossa igreja era uma imitação da igreja branca. Tudo que nós fizemos foi modificar a velha armadilha. Nós não mudamos as imagens, nós ficamos mais confortáveis dentro da armadilha. Nós não mudamos as imagens, nós mudamos alguns dos conceitos das imagens, mas as imagens permaneceram o mesmo. Assim a má-educação deu – nos uma mentalidade de escravo que tinha sido alterado. Mas permaneceu basicamente o mesmo."

Traduzido por Kwabena

domingo, 10 de maio de 2009

Sabiam que no dia 16 de Junho de 2008 ...

No uso da faculdade conferida pela Constituição da República de Cabo Verde, o Governo de Cabo Verde decretou (Decreto n.º 4/2008) a aprovação da CONVENÇÃO PARA A SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL.

A Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em sua 32.ª sessão, realizada em Paris do dia 29 de Setembro ao dia 17 de Outubro de 2003, aprova a referida Convenção,

Referindo-se aos instrumentos internacionais existentes em matéria de direitos humanos, em particular à Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, ao Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais de 1966, e ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos de 1966,

Considerando a importância do património cultural imaterial como fonte de diversidade cultural e garantia de desenvolvimento sustentável, conforme destacado na Recomendação da UNESCO sobre a salvaguarda da cultura tradicional e popular, de 1989, bem como na Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural de 2001 e na Declaração de Istambul de 2002 aprovada pela Terceira Mesa Redonda de Ministros da Cultura,

Considerando a profunda interdependência que existe entre o património cultural imaterial e o património material cultural e natural,
Reconhecendo que os processos de globalização e de transformação social, ao mesmo tempo em que criam condições propícias para um diálogo renovado entre as comunidades, geram também, da mesma forma que o fenômeno da intolerância, graves riscos de deteriorização, desaparecimento e destruição do património cultural imaterial, devido em particular à falta de meios para sua salvaguarda,
Consciente da vontade universal e da preocupação comum de salvaguardar o património cultural imaterial da humanidade,
Reconhecendo que as comunidades, em especial as indígenas, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos desempenham um importante papel na produção, salvaguarda, manutenção e recriação do património cultural imaterial, assim contribuindo para enriquecer a diversidade cultural e a criatividade humana,
(...)
Considerando a necessidade de conscientização, especialmente entre as novas gerações, da importância do património cultural imaterial e da sua salvaguarda,
(...)
Considerando a inestimável função que cumpre o património cultural imaterial como factor de aproximação, intercâmbio e entendimento entre os seres humanos.

***
A Convenção tem a finalidade (artigo 1) de salvaguardar o património cultural imaterial; o respeito ao património cultural imaterial das comunidades, grupos e indivíduos envolvidos; a conscientização no plano local, nacional e internacional da importância do património cultural imaterial e de seu reconhecimento recíproco.
***
Entende-se por património cultural imaterial (artigo 2) as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos, objectos, artefactos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu património cultural. Este património cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade e conrtibuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. Para os fins da Convenção, será levado em conta apenas o património cultural imaterial que seja compatível com os instrumentos internacionais de direitos humanos existentes e com os imperativos de respeito mútuo entre comunidades, grupos, indivíduos, e do desenvolvimento sustentável.

O património cultural imaterial se manifesta em particular nas tradições e expressões orais, incluindo o idioma como veículo do património cultural imaterial; expressões artísticas; conhecimentos e práticas relacionados à natureza e ao universo; técnicas artesanais tradicionais.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Campo de Concentração do Tarrafal (1936 -1974)

Nos últimos dias da semana passada, na ilha de Santiago, no Tarrafal, aconteceu o Simpósio Internacional sobre o Campo de Concentração do Tarrafal, onde estiveram centenas de antifascistas portugueses e presos nacionalistas africanos. O simpósio teve a presença de quase todos os sobreviventes do Campo de Concentração, vindos de Portugal, de Angola, da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.

Seguiram-se os debates, agrupados por quatro painéis temáticos: a geração da utopia e o dever da memória; os ideais e os princípios; cidadania e direitos humanos; e, finalmente, que futuro para o Campo do Tarrafal?

Para além dos trabalhos do simpósio estava patente uma completa exposição sobre o que foi o Campo da Morte Lenta, como lhe chamaram, do Tarrafal.

Criado em 1936, em vésperas da guerra de Espanha, quando o regime salazarista se tornou mais duro e repressivo, alinhando completamente com a ascensão do fascismo, do nazismo e do franquismo. Foram anos horríveis.

Foi nominalmente extinto em 1954 e, depois, reaberto, com a vinda de presos nacionalistas africanos de Angola, de Cabo Verde e da Guiné, até ao Primeiro de Maio de 1974, em que foi finalmente encerrado, pelo povo cabo-verdiano, dias após a Revolução dos Cravos.
Quanto ao futuro, para não deixar apagar a memória e para conhecimento e compreensão dos vindouros, a ideia principal é transformar o campo - conservando o seu carácter desértico, inóspito e insalubre, para onde os prisioneiros eram remetidos para não resistir e morrer - num museu, testemunho da resistência e da liberdade e ao mesmo tempo, num centro internacional de pesquisa e de reflexão sobre as independências dos Estados africanos, do espaço da lusofonia, incluindo Timor-Leste.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Curso de Reciclagem


Despertar a consciência ecológica e a criatividade livre são alguns dos objectivos que a Waaldé pretende com a formação de reciclagem dirigida a algumas crianças do bairro da Achadinha. Durante o mês de Abril, todos os sábados as crianças são orientadas por alguns membros da Waaldé.

Num momento em que deparamos com um agravamento da situação ambiental, é necessário e urgente que as crianças sejam instruídas desde a base. Pequenos e insignificantes objectos, a priori, são transformados em objectos interessantes e úteis. Fazer presentes para si ou para alguém de quem gosta, mas mais importante do que isso é ensinar aos mais pequenos que a cada um de nós cabe a responsabilidade de contribuir para um meio ambiente mais saudável.
Momentos únicos de transformação de pacotes de leite, sumos e outros, para além do exercício mental e da criatividade.

Acções deste género têm integrado os planos de actividade da Waaldé que entende que devem ser levadas adiante sempre que possível. Pois é desde pequeno que devemos atiçar nas pessoas as boas acções. A Waaldé não pretende parar por aqui e quer continuar a dar o seu contributo na preservação da natureza. Agir hoje, pensando no amanhã.

Ama